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Da Apple para a Dell

Em 2011 eu avançava em uma história de amor que ainda estava incompleta com a Apple. Fissurado em tecnologia, eu já tinha um iPhone 4 de 32GB, paguei bem caro por ele na época, ainda assim, nem se compara com os preços cobrados no atual iPhone 7. Bom, mas o fato novo nessa história de amor com a Apple foi a compra de um MacBook Pro Early 2011 em agosto de 2011.

Eu já tinha passado por notebooks da Toshiba (Internacional), Acer e Compaq. Sempre ficava testando imagens de Hackintoshs pela fascínio que o Mac OS X me causava. Quando não, tentava mudar ao máximo o visual das minhas instalações de Linux para imitar o sistema da maça. Mas agora (na época da compra do MacBook Pro), meus "pelejos" pra ter um sistema parecido com o Mac OS X tinham acabado porque eu realmente tinha em mãos não apenas o sistema operacional da Apple, mas também o hardware. E era tudo muito bem feito e de primeira. Tudo impressionava. Desde o equipamento (a qualidade, o formato, os recursos, cada detalhe) como o sistema operacional e o uso. Agora mesmo estou escrevendo este post com ele, meu MacBook Pro Early 2011 de 13"com um processador Intel Core i5 dual core de 2,3GHz, 4GB de memória RAM DDR3 1.333MHz, placa de vídeo Intel HD 3000, hoje no segundo upgrade de disco rígido (troquei o Hitach original de 320GB por um Western Digital de 500GB e depois por um HGST de 1TB) e rodando o macOS Sierra 10.12.5 (originalmente rodava o Mac OS X Snow Leopard) com uma velocidade razoável. Detalhe: ainda uso o HD original desse Mac como HD externo.

Tela de informações do macOS Sierra com o modelo e algumas configurações do meu Mac.

Vamos destacar o que até hoje eu considero pontos muito positivos da Apple com esse meu MacBook Pro 13"do início de 2011 e que até agora eu ainda não vi em notebooks de outras marcas:

1. Material de Construção: esse MacBook Pro tem toda a sua carcaça produzida em alumínio, tanto a parte que abriga a placa mão e serve de base para o teclado, o touchpad e os apoios das mãos. Isto tornou ele mais pesado que alguns outros modelos atuais (em 2011 nem tanto assim), porém resistente. Não há distorção do notebook ao segurá-lo com apenas uma das mãos pela lateral. Não há distorção ao abrir a tela segurando por apenas um dos cantos da mesma. O MacBook Pro 13"de 2011 tem um gabinete muito resistente;

2. Teclado: comprei meu MacBook Pro 13"de 2011 em uma importadora aqui em Manaus, a antiga InfoCentro (hoje é DZ9 informática eu acho), então ele veio com o layout do teclado padrão Estados Unidos, mas com um pouco de pesquisa eu já tinha configurado para digitação em português. Esse teclado é retroiluminado e possui 16 níveis de intensidade dessa iluminação que eu acesso facilmente através das teclas F5 (diminuir o brilho do teclado) e F6 (aumentar o brilho do teclado). Eu ainda não vi nem pessoalmente e nem na Internet esse nível de configuração para um teclado retroiluminado. Isso me ajudou muito a usar o MacBook Pro de noite, de madrugada sem precisar acender a luz do ambiente ou usar uma luminária pra enxergar o teclado. Além disso, o teclado é macio, tem um resistência boa nas tecla, nem é duro demais e nem macio demais. De agosto de 2011 até agora todas as teclas estão funcionando normalmente (porém eu sou muito cuidadoso com meus equipamentos, nunca desconto raiva neles, rs).

3. Detalhes: Já em 2011 a Apple pensava em detalhes no MacBook Pro que até hoje (talvez por questão de patentes) outras empresas não possuem. O carregador do MacBook Pro, chamado de MagSafe, se conecta através de uma conexão magnética. Se por acaso vocês tropeçar no seu carregador ele se solta do MacBook Pro sem puxá-lo para o chão e derrubá-lo. Ao conectar o MagSafe ao MacBook Pro, existe um pequeno led em seu conector que fica na cor laranja enquanto está carregando e muda para a cor verde quando a carga está completa. Portanto, sem olhar na barra superior ou mesmo com o MacBook desligado, você sabe que se a carga foi completa ou não. Além desse led no conector do MagSafe, é possível saber o quanto seu MacBook Pro está carregado numa escala de 1 a 8 apertando um pequeno botão na lateral esquerda que vai acender de 1 a 8 leds enfileirados na cor verde e se estiver descarregado, apenas vai piscar rapidamente o primeiro led na sequência de leds. O drive de CD/DVD (que existia nessa geração de MacBook Pro) é sem bandeja, como o som automotivo ele coloca metade do CD ou DVD pra fora do drive e vocês termina de puxar a mídia pra fora. Ainda sobre este drive, o botão de ejeção fica na tecla do canto superior direito do teclado, após o F12. A tela do MacBook Pro 2011 é revestida por uma camada protetora de vidro, aumentando a proteção da mesma (já vi relatos na Internet que mesmo com essa camada de vidro trincada, a tela funciona normalmente).

4. Touchpad: o touchpad do MacBook Pro é único. Como eu trabalho na área, já vi todo tipo de trouchpad em notebooks, mas nenhum com a precisão de rolagem, gestos de pinça ou de rotação, e funcionalidades multi toques como o do MacBook Pro. Acredito que por isso a Apple não embarca na moda do touchscreen. Sinceramente, as funcionalidades do trackpad de um MacBook Pro, já na geração desse modelo de 2011, são muito superiores e mais úteis que uma tela sensível ao toque (na minha opinião) e ainda possuem a vantagem de não deixar rastros de dedo na frente das imagens.

5. Bateria: para um notebook de 2011, eu acho essa bateria incrível. Ela ainda dura umas 4 (quatro) horas normalmente e quando novo ele passava de 6 (seis) horas de uso com tranquilidade. É uma bateria interna de polímero de lítio com consumo de 63,5 watts/hora, com carregador MagSafe de 60W.

6. Upgrade: fiquei surpreso com a possibilidade de expansão de memória desse MacBook Pro, que segundo o site da Crucial pode ir até 16GB de RAM (na mesma especificação da original, ou seja, DDR3 1.333MHz, de preferência memórias para ultrabooks, de baixa voltagem). A mudança para um SSD também dá vida nova pra esse MacBook Pro e é fácil encontrar no Youtube vários vídeos mostrando isso, além do que, é possível substituir o drive de CD/DVD para usar um segundo HD no Mac. O DELL que estou esperando chegar só vai até 16GB de RAM (segundo o suporte da DELL), apesar desse mesmo site da Crucial informar que vai até 32GB de RAM.

Ponto negativo (o único): o acabamento de borracha usando no cabo do carregador Magic Safe, assim como os cabos de carregamento dos iPhones, iPads e iPods, ressecou e descascou com o tempo e até chegou a dar problema no conector, mas, por muita sorte, eu consegui resolver sem ter que comprar outro.

Nunca usei este MacBook para jogar. Cheguei a testar alguns jogos entre 2011 e 2012, mas usava e ainda o uso sobretudo pra guardar e produzir material da minha faculdade (é... eu me atrasei um pouco) e isto chegou a incluir a produção de um vídeo que deu pra fazer tranquilamente usando o iMovie que eu tinha instalado na época e o resultado foi de muita qualidade. Aquisição de software também não chegou a ser problema. De tudo eu testei nesse MacBook Pro: Dual boot com Windows 7; apenas Windows 10 sem o sistema da Apple; Linux; Virtual Box; Parallels Desktop, etc. Porém, um MacBook não é a mesma coisa sem o seu sistema. Eu me acostumei a muitos recursos que usando o Windows não tinha como habilitar, usando algumas distribuições de Linux eu ganhava em velocidade mas continuava sem recursos de navegação e usabilidade que apenas usando o macOS funcionam. Então, atualmente deixei instalado apenas com macOS Sierra e tudo que eu preciso eu pesquiso pra funcionar em macOS. Os planos pro futuro desse MacBook Pro (sim! Eu acredito que ele ainda vai render muito) são fazer um upgrade de memória e adicionar um disco SSD mantendo o HD atual como segundo armazenamento via Caddy drive.

Apesar da versão 2016 do Office funcionar razoável neste MacBook e estar em português, usar configurações razoáveis me aborrece. Além do que, existem opções de impressão que o Excell pra Mac não tem como no Excell pra Windows. A questão dos jogos, também nunca fui muito a fundo pra tentar rodá-los neste MacBook Pro. Os preços atuais de MacBooks também estão muito fora da minha realidade atual. Então, aproveitando a boa avaliação que eu tive ao usar o Windows 10 e a necessidade de continuar testando distribuições de Linux eu quis comprar um outro notebook sem ser da Apple.

A Mudança em maio de 2017

Em 23 de maio de 2017, conforme este post aqui do nosso fórum, adquiri um DELL Inspiron 7559, o notebook Gaming Edition de 2016 da DELL. Sim comprei um notebook de uma geração passada e se tivesse esperado um pouco mais, teria conseguido a verão nova por uma diferença mínima de preço.

Por ser usuário também de Linux desde 2001, comprei a versão com o Ubuntu Linux. Já conhecia a parceria antiga da DELL com a Canonical para venda de computadores com Linux instalado de fábrica, então achei que a integração e a compatibilidade não me trariam problemas. Porém, ao ligar, logo percebi que por se tratar de um modelo de 2016, ele veio com o Ubuntu 14.04 LTS (pra resumir, uma versão do Ubuntu de 2014 que oferece suporte prolongado de atualizações), apesar de tê-lo comprado em 2017 e já existir a versão Ubuntu 16.04.2 LTS disponível na data da compra. Endenti que a DELL não tinha uma política de atualizar seus produtos durante todo o ciclo de vida dos mesmos (e isso era só o começo).

Vamos então relatar as impressões que tive logo de cara ao tirar o produto da caixa e ligá-lo.

1. Material de construção: é 100% plástico, com acabamento emborrachado na tampa e na superfície ao redor do teclado que serve de apoio para os pulsos na digitação. O material é mais resistente que o usado em muitos concorrentes no mercado, mas ainda assim, ao segurá-lo apenas com uma das mãos percebemos leve distorção no mesmo. Também ao abrir a tela com uma das mãos, notamos distorção no corpo da tela. Isso me forçou a ter um cuidado maior no manuseio desse notebook comparado ao manuseio do MacBook. Além disso, o acabamento emborrachado deixa constantes manchas de gordura e suor das mãos no aparelho, mas um pano de limpar tela de celular (como os que vem com iPhones, iPads e Macs, limpa bem essas marcas e o deixa pronto pra sujar novamente :-)).

2. Teclado: além de ser um produto Gamer, que era o que eu estava procurando em um notebook, vi algumas características que achei que trariam uma diferença menor neste meu retorno ao mundo PC pra uso pessoal, como a presença de um teclado retroiluminado. Neste item, constatei a superioridade do meu antigo MacBook Pro de 2011 mesmo comparado a um produto mais atual da DELL. O teclado retroiluminado do meu Inspiron 7559 de 2016 possui apenas 3 estados (desligado e dois níveis de iluminação) contra os 16 níveis de iluminação do teclado do MacBook Pro de 2011. A teclas do Inspiron 7559, mesmo sendo um produto Gamer, aparentam mais fragilidade do que as teclas do meu antigo MacBook Pro de 2011. Porém, por se tratar de um notebook de 15", ganhei um teclado númerico, o que tornou o trabalho com planilhas eletrônicas mais produtivo do que no Mac. Mesmo com apenas três estados de iluminação do teclado, o trabalho a noite sem o uso de luminárias é perfeitamente possível, como eu já fazia antes com o Mac. O layout é o ABNT 2.

3. Detalhes: a fonte do Inspiron 7559 é enorme comparada a fonte do MacBook Pro Early 2011. Porém é justificável por se tratar de um equipamento para jogos, para alimentar o Core i5 Quad-core e a placa de vídeo nVIDIA GTX 960m presente no mesmo. Porém, mesmo grande, a DELL ofereceu uma boa solução para a mesma na hora de guardar, com a presença de um presilha de borracha flexível embutida na fonte que serve para prender os fios enrolados junto à mesma (ponto para a DELL, pois o clip da fonte do Mac também ressecou e quebrou). O cabo dessa fonte também é bem grosso e resistente. Há uma iluminação na extremidade do carregador que tem um anel de led azul, indicando que a fonte está ligada e energizada, porém ao contrário do MagSafe, ela não serve pra indicar se a carga está completa ou não. Porém, na parte da frente do notebook existe um led branco que indica se o computador está carregando, mesmo que desligado, e apaga quando a carga está completa. Não há drive de DVD neste aparelho, pois o espaço interno foi aproveitado para abrigar o sistema de refrigeração com duas ventoínhas, duas saídas de ar na parte traseira e uma na lateral esquerda, e mesmo assim manter o aparelho fino apesar de ser um produto gamer (e na maior parte do tempo um drive de DVD não faz falta nos últimos anos). Gostei muito do sistema adotado na tampa inferior que utiliza apenas um parafuro para remover a tampa traseira e dar acesso à componentes como os discos, memória e bateria, além de possibilitar a limpeza das ventoínhas. A tela é não sensível ao toque e FHD, com resolução de 1920x1080, fosca. Em relação à conectividade, temos três portas USBs no padrão 3.0, sendo que na porta do lado direito do notebook é possível carregar o celular e outros dispositivos mesmo com o notebook desligado (e isso o MacBook Pro de 2011 não tem).

4. Touchpad: o touchpad do Inspiron 7559 é bem grande (eu procurava isso pra ser mais parecido com o que eu tinha no Mac) e oferece algumas funções que eu tenho no Mac (com o Windows 10 instalado), mas não todas, e a precisão do mesmo é bem inferior. Pra mim o touchpad do MacBook Pro de 2011 dispensa o uso de um mouse, conseguindo ser bem produtivo e causando menos fadiga às mãos, coisa que não ocorreu com o touchpad do Inspiron no Windows 10 (em outra postagem explico porque não mantive o Linux no Inspiron). Outros usuários também relataram que o touchpad desse modelo não é bom. Como optei por ele pra dar conta dos meus trabalhos e jogar, comprei um mouse a parte, o Dazz Skinliger 5200 dpi, para o qual faremos um post em breve.

5. Bateria: assim como no Mac, a baterial do Inspiron 7559 é interna. É uma bateria de 6 células (74 watts/hora) que a DELL promete chegar nas 10 hora de uso, mas que na prática chega às mesmas 6 horas que eu tinha com meu Mac quando era novo. Devido ao sistema híbrido de vídeo (uma Intel HD Graphics 530 e uma nVIDIA GeForce GTX 960m) e uso que fizermos dele (jogos por exemplo) a duração da bateria pode ser menor.

6. Upgrade: A presença de uma disco rígido híbrido (SSHD) de 1 TB foi ponto positivo em relação ao MacBook Pro. No início achei que tinham montado errado meu Inspiron 7559 porque eu não consegui enxergar os 8 GB de memória flash por dentro do sistema operacional, porém pesquisei e ví que ele funciona de forma transparente. Além disso, o equipamento veio com um slot M.2 para a instalação de discos SSDs no formato M.2 SATA III, no qual eu instalei um Crucial MX300 de 256 GB e deixei como o disco principal para o sistema operacional (Windows 10) e meus programas e jogos. Apesar do desempenho levemente mais rápido do SSHD em comparação ao HDD que normalmente encontramos em notebooks, a diferença entre o SSD M.2 para o SSHD foi brutal. Computador ligando e entrando na tela de login do Windows 10 em menos de 10 segundos. Como dito no início deste artigo, comprei a geração anterior do Inspiron 15" Gaming, e em termos de memória está limitada à disponibilidade de módulos de memória DDR3L 1600 MHz (Low Voltage, 1.35v). A DELL afirma que esse modelo vai ao máximo de 16 GB de RAM e pesquisando nos sites nacionais, não encontrei kits de memória RAM maiores que 16 GB (8GB x 2). Porém, o site no site da Crucial, informa que este notebook pode chegar ao 32 GB de RAM e disponibiliza um kit de 32 GB (16GB x 2) por $339.99.

Apesar de estar com a geração passada do Inspiron 15 Gaming, ele está me servindo a contento. Estou precisando me atualizar em relação à jogos, porém ele tem me servido bem. Meus preferidos são os simuladores de corrida e por enquanto estou quase finalizando o Need For Speed The Run com elementos gráficos no alto e ultra. Rise Of Tomb Rider também está rodando no alto sem travamentos, porém no ultra já não é possível rodar sem travamentos. Ainda vou testar Ribon Six Siege e toda a franquia Batman nele.

Pro futuro, pretendo adquirir outro SSD convencional pra usar no compartimento do HD e esse kit de 32 GB de RAM quando estiver disponível por aqui (mercado local ou sites nacionais).

Espero que tenha ajudado as pessoas que já tiveram um MacBooks e agora (até pelo cenário econômico) precisam voltar aos Notebooks e precisam de parâmetros para comparar. Sou fã da Apple, mas não fanático. Então se alguém achar que eu fui tendencioso, por favor sintam-se a vontade para colaborar, porém a filosofia do site é o respeito entre editores e leitores.

Até a próxima e obrigado pela visita! Voltem sempre! ;-)

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